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quarta-feira, 16 de abril de 2014

E nos meios e entres desse vazio de que tanto falamos e tentamos escapar, porque a solidão amedronta mais que tudo, seja pobre, rico, brasileiro ou chinês, as fagulhas de alegria. os momentos de barriga cheia de esperança. Vale correr, pular, fazer uma ligação de gratidão, um vinho tinto, dançar a dois, sozinho, uma lua bem cheia, qualquer coisa. A tristeza é produtiva mas ela não tem fim, a felicidade sim. Por isso o mergulho arriscado, porque ela voa como pluma e passa. Tão rápido. E não está aí dentro do celular, mesmo dormindo e acordando com esse querido mas duro companheiro. Um outro corpo é necessário? Felicidade não tem muita graça se não compartilhada... É bom dizer, mas dizer não significa vender ou filtrar pra mostrar para o mundo como se está feliz. Dizer pra quem? Por que? Não se ama só por inbox, não se vê estrelas cadentes rolando a linha do tempo, não se desvenda alguém, mesmo que haja olho no olho via webcam. O que quero dizer é que a gente se esfrega e se enche de vida, pra depois cair num tédio infinito de morte, e como robôs andar por aí banalizando tudo, e de repente um sopro de novo, um encontro, um leãozinho, uma música africana, ser mãe, e de novo a ansiedade e a busca, o labirinto, a miséria. O buraco vai sempre existir, mas também o impulso vital, eros. Post it: Não perder a capacidade de se encantar com as coisas.

http://awebic.com/pessoas/experimento-felicidade-gratidao/

Um comentário:

  1. isso é muito verdadeiro e acho que somos muito vivos nessa tensão. é uma tensão muito linda de vida e morte, de apatia e histeria, eros e phobos!! deixa deixa deixa ir como se tudo fosse espasmódico, circular. O que há num momento de felicidade, no corpo?

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